Nesta postagem, coma devida autorização do autor, vai uma resposta de JORGE ANTÔNIO ORO, a respeito do ciúmes e das sensações provocadas num relacionamento amoroso! Simplesmente fabuloso esclarecimento que nos ajuda e muito em nossas reflexões!
"Sabem porque se usa a expressão " mundo cor de rosa"? É
porque rosa é a cor das formas geradas pelos seres humanos em seu astral,
quando geram/sentem amor fraterno, amor não passional, amor pela
humanidade. Já quando o sentimento é de amor passional, o que é gerado é
vermelho rubro, denso e pesado. Um aprisiona, desgasta, e limita. O
outro, liberta, alimenta e expande. A atração inicial entre homem e mulher que aparentemente se dá pelo instinto, pela atração física, tem em si muitas
outras nuances, sem as quais a própria atração física não existiria.
Estas nuances são basicamente ligadas ao karma, pois diz-se que todo
homem tem a mulher que precisa e toda mulher tem o homem que precisa (e
não popularmente como é dito que toda mulher tem o homem que merece).
Esta própria necessidade karmica (que se expressa fisicamente no
ser humano através de suas skandhas, tendências positivas e nidhanas,
tendências negativas) significa que o seu entorno astral, tem determinados
tipos de formas e seres que, naturalmente, vão se sentir ligados às suas
formas complementares, mas complementar no sentido de sublimação, e não
de alimentação). Assim, a outra metade da laranja na verdade é o espremedor de
frutas!!! Quer dizer, a mulher ideal é aquela que empurre faça o homem
superar-se, que faça com que ele exponha suas fraquezas e segredos, que
faça com que suas dores transformem-se em experiência, para que juntos
sublimem as próprias razões iniciais que os fizeram unir-se. Da mesma
forma, o homem ideal é aquele que faça a mulher exteriorizar aquilo que nem
ela sabe que tinha em si mesma, para que ao mesmo tempo em que se resolve,
testa a capacidade de compreensão do seu companheiro. Este é um processo
puramente alquímico, onde o elemento mais frequente é o fogo,
o calor, o atrito, pois é o atrito que transforma o diamante em
brilhante. E se o diamante não for bom o suficiente, não for forte o
suficiente, ou se o lapidador for fraco, ele se quebra na função. Neste
processo, o que de início era o fogo da paixão (que dura o mesmo que
qualquer fogo, quer dizer, não importa quanto tempo seja, a garantia é de
que jamais será infinito) tende a amainar-se e transformar-se em
compreensão e aprendizado, para então depois, transformar-se em amor
verdadeiro. Até que isto ocorra, até que o fogo transforme-se de vermelho em
rosa brilhante, é só aprendizado. O amor verdadeiro então, é aquilo que
vai resistir e existir, quando nenhum desejo for necessário para
dar-lhe suporte, e quando nenhum medo for um limitador para suas
expressões. Este será então o amor real, o amor fraterno, onde os
elementos gramaticais de posse não mais existirão: minha mulher, meu namorado,
minha noiva, etc. Ao retirar-se os elementos de posse, verifica-se uma verdade
simples e clara: a outra pessoa é uma pessoa!!! Tem vida própria, direitos
próprios, deveres próprios, pode acertar, pode errar, e tem toda uma
história (as razões que a levaram a existir) para resolver. Então, com
isto, vem o respeito ao ser humano em evolução que, por razões de karma, está caminhando
ao seu lado naquele momento! O que faz a outra pessoa parecer ideal, é a projeção
que todos os desejos que existem em você, imaginem serem realizados
(quer dizer, alimentados) por ela. Assim, quanto maior a quantidade de
desejos, de sonhos, de aspirações, criadas com relação a cara metade,
maior vai ser a explosividade da paixão gerada, maior vai ser a
temperatura do astral (baixo), maior vai ser o sentimento de posse e,
obviamente, maior vai ser o medo da perda. O conjunto dos medos que os
desejos tem de serem sublimados (isto é, deixarem de existir, ligando-se
a sua origem. Por exemplo, o ódio ao amor, o medo à coragem, etc)
chama-se ciúme. Quer dizer, o ciúme é aquela força gerada pelo medo
conjunto que os desejos tem de perderem a fonte que os alimenta. Para
fortalecerem-se, estes desejos entrelaçam-se e criam situações fictícias
de perda, para provocar dor orgânica, alteração no sistema endócrino,
como uma estratégia de fortalecimento e expansão de sua rede,
alimentados todos, pelo fogo da paixão. Por isto, usa-se os termos "louco
de paixão", e também "louco de ciúme".
... segunda parte - Jorge Antonio Oro continuando...
E a razão de usar-se o termo "verde de ciúme" é que as formas geradas em "ataques de ciúme"(que dizer, aquilo gerado naquela quando a confusão no astral é tão grande que derrama-se enormes quantidades de adrenalina e inibidores no sistema endócrino) são verde-escuro, mescladas de vermelho forte. Verdadeiros elementais infernais, que a tudo e a todos perturbam no astral do seu pai (quer dizer, aquele que os gera e alimenta, aquele que sente ciúme) e no entorno. Quando o astral é muito convulsionado, a razão não interage, e o foco de consciência está totalmente ativo no astral, no emocional. Assim, depois é simples dizer: " agi sem pensar", "tive uma crise de ciúmes", "quando vi aquilo, fiquei doido.." , etc. Pois é, a consciência que deveria estar focada na mente abstrata, na intuição, para que esta criasse uma lógica intuitiva, e para que a lógica intuitiva criasse emoções superiores, vê-se jogada no mais denso do astral, em uma equivalência a experiência da deusa porca, que de tanto chafurdar, esqueceu-se que era divina. Quanto mais convulsionado é o astral, mais densos são os desejos e paixões, e mais denso é o alimento que eles, os elementais criados pela própria pessoa, precisam para alimentarem-se. O que combina com uma grande paixão: tudo de mais denso!! O que combina com um grande ciúme: tudo de mais denso! E após o ciúme (quer dizer, os elementais entrelaçados agindo para manterem-se vivos) esvaírem a relação de vitalidade, após tornarem impossível a convivência, termina a relação, e ficam os órfãos, os elementais do medo, desejo, ciúme, etc, a espera de serem alimentados.
Enquanto não surge um novo "amor", os elementais do ciúme,
desejos, etc, alimentam-se de relembrar tudo o que a outra pessoa fez de
"errado", razões da geração dos ciúmes, e no ato de relembrar,
alimentam-se. E quando o relembrar não mais os supre, pois cansam a pessoa
que assim procede, as lembranças transformam-se em raiva (mantendo-os ainda
vivos) e depois a raiva, para não morrer (pois ninguém aguenta sentir raiva a
vida inteira), transforma-se em mágoa. A mágoa é um elemental ou um
conjunto de elementais, que mantem-se viva com pouquíssimas gotas de
vitalidade, assim, escondida, pode sobreviver por anos, estrategicamente
alimentando-se de pequenas lembranças. Até que um dia, soa a sirene da paixão,
e uma nova pessoa aparece, para um novo relacionamento! Logicamente, esta
paixão vai ser mais intensa, pois é tudo o que já existia de paixão, mais
os medos gerados e alimentados na relação anterior, mais os medos que os medos
tem de morrerem, e mais, obviamente, as novas estrategias do ciume, para se
manter. Se não houver controle por parte
da pessoa, ao ter uma relação, só o que vai ganhar experiência, são seus
medos, raivas, mágoas e paixões, atraindo sempre aquele ou aquela que
possam alimenta-los da melhor forma. A mulher então olha para aquele homem e
pronto: estabelece-de um relâmpago de olhos para olhos, e está feita a
encrenca. Só que o que os olhos não veem é que todo o conglomerado astral
existente na mulher, viu naquele homem um verdadeiro manancial de incômodos,
que vai alimentar tudo e mais um pouco. E assim, começa uma nova paixão. Depois,
depois de ter cedido aos impulsos algumas vezes, vem aquela inocente expressão:
" nossa, eu tenho o dedo estragado para escolher
companheiro/a". As pessoas não tem
paixões: são vítimas das paixões! As pessoas não tem ciúmes, criam
e alimentam as condições para que exista, e comprazem-se em ter ciúmes,
mesmo quando não há uma aparente razão, partindo então para a criação
artificial de condições para que exista.
UM outro aspecto relevante a comentar sobre as relações é que, cada
homem e cada mulher é um conglomerado existencial, que vai da terra ao
Cosmos. Cada homem e cada mulher tem em si as próprias razões que o
levaram a existir e só cada um sabe sua história. Mas, ao estabelecer uma
relação com o sexo oposto, não importa se de uma noite ou se de uma vida inteira, após o contato, o que era um, agora é um mais o outro.
E o que era o outro, agora é o outro mais o um. Quer dizer,
tudo o que o homem é fica na mulher, e vice-versa. Esta é a razão da
tradição de gerar filhos de mães e pais virgens, pois neste caso, seriam
filhos só daquele pai e só daquela mãe. E não filhos do histórico de relacionamentos
que os dois tiveram. A vida é simples, o ser humano é que a torna complexa,
mas dentro de si mesmo. Por ultimo, chama-se o outro de contraparte!! Pois é, o
termo já indica. de início é contraparte, mas depois deveria ser parte a
favor ! Fraterno abraço, boa caminhada e
prudentes escolhas."
Por Jorge Antônio Oro, membro da Sociedade Brasileira de Eubiose e
querido amigo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo e obrigado!